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Walter Mancini pôs em prática um leque de ações requalificadoras da Rua Avanhandava, onde localiza-se o seu tradicional restaurante ‘Famiglia Mancini’, em São Paulo. Transformou-a em um boulevard, que foi inaugurado em 20 de janeiro de 2007. Construiu novo calçamento, reformou o piso, alargou as calçadas, trocou a iluminação de vapor de sódio pela de LED, e colocou, na entrada da rua, um pórtico e duas fontes d’água. Nas noites, acendem-se quinhentas lâmpadas, no formato de bolas coloridas.

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COMO, DEPOIS DE DEIXAR A VIDA PÚBLICA, LERNER
IMPEDIU A RETIRADA DAS MESAS DO PARAGUASSU

Em julho de 2011, a fiscalização da prefeitura de Curitiba emitiu uma ordem para que os donos do bar e restaurante Paraguassu (foto) retirassem as mesas da calçada. Quando soube dessa ocorrência, o ex-prefeito Jaime Lerner escreveu uma nota de protesto, divulgada em uma revista da cidade. Ele conseguiu demover os burocratas municipais da decisão. As mesas, na calçada do Paraguassu, ficaram onde estão.

Jaime Lerner disse, então, à revista Bares & Restaurantes: “Os bares e restaurantes dão vida e segurança às cidades. Que haja coexistência espontânea nas ruas, sem que o governo fique o tempo todo inventando padrões para os bares e restaurantes. O único padrão admissível é o de não obstruir as calçadas”.

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Cena de um trecho do bairro parisiense Montmartre.

O que ela nos diz?

As fachadas abertas das edificações melhoram significativamente a qualidade de vida urbana. Fachadas fechadas criam zonas mortas, ruas inseguras. Os andares térreos é que fazem as cidades vivas, como centros de troca de bens, cultura, conhecimento, ideias.

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JAIME LERNER, arquiteto e urbanista*

“A metáfora que uso para as cidades é a de uma tartaruga, que traz, em si, uma estrutura de vida, trabalho, movimento, tudo junto. Ao mesmo tempo, o casco da tartaruga desenha uma tessitura urbana. Imagine se cortarmos o casco da tartaruga. Ou seja, morar aqui, trabalhar ali, recrear lá. Com certeza, a tartaruga morre. Pois é o que estamos fazendo com muitas cidades no mundo inteiro. Estamos contribuindo para a decadência das cidades ao separar as funções de habitação, trabalho, recreação e circulação, ao mesmo tempo em que criamos guetos de gente pobre, guetos de gente rica, separando as pessoas por níveis de renda, por religião, idade.”

*Jaime Lerner foi prefeito em três mandatos. Abandonou a política em primeiro de janeiro 2003, quando encerrou seu segundo mandato de governador do Paraná. Presidiu a União Internacional de Arquitetos (2002/2005)

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Na foto, Jane Jacobs, autora do livro ‘Morte e Vida de Grandes Cidades’, que, desde 1961, quando foi editado, no mundo inteiro é o inspirador e guia do urbanismo da cidade compacta.

Com açougue, farmácia, cafeteria, banca de frutas, restaurantes e bares, entre os quais o renomado ‘White Horse´ (frequentado pelo poeta Dylan Thomas), a vizinhança do bairro Village, onde Jane Jacobs morou, é narrada no seu best-seller planetário.

Escreveu ela, que está ela, aí, no bar White Horse’ enfronhada em uma roda masculina:

“Temos muita sorte de existir em nossa rua um bar frequentado por moradores e outro, virando a esquina, além de um bar famoso que atrai uma freguesia constante dos bairros vizinhos e até fora da cidade. É ele famoso porque o poeta Dylan Thomas costuma frequentá-lo e o citou em sua obra. Esse bar, aliás, tem dois turnos distintos. De manhã e no começo da tarde é, como sempre foi, um ponto de encontro dos estivadores da antiga colônia irlandesa e de outros trabalhadores da região. Mas, a partir do meio da tarde, o bar ganha uma vida diferente, que faz lembrar uma mistura de bate-papo de universitários regado a cerveja com coquetel literário, e isso até o começo da madrugada. Numa noite fria de inverno, quando se passa pelo White Horse e as portas se abrem, somos atingidos por um ambiente acolhedor. O entra e sai desse bar contribui em muito para manter a nossa rua razoavelmente movimentada até as três da manhã, e não há perigo em voltar tarde para casa”.

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BLUMENAU

Esta cidade catarinense nasceu e prosperou na mescla de alta cultura, espírito comunitário e empreendedorismo. Há diversos registros de empresários do Vale do Itajaí que rotineiramente se dedicaram, ao longo de suas vidas, a cuidar dos negócios e do bem comum, a cidade. Entre eles, os casos mais marcantes vieram do cardume de arenques.

Ingo Hering é um destacado exemplo. Ele presidiu a companhia Hering entre 1971 e 1989. Escrevia para o diário local, o Jornal de Santa Catarina, fazendo questão de pessoalmente entregar seus artigos ao editor. Ia ao jornal dirigindo seu próprio carro. Foi pianista na orquestra de música erudita, vereador e presidente da Câmara Municipal, um dos fundadores da Escola Superior de Música de Blumenau. Empenhou-se o quanto pôde para que fosse erguida a Universidade Regional de Blumenau.

Em dois anos consecutivos (1983 e 1984), as águas do rio Itajaí devastaram a cidade. O país inteiro ficou boquiaberto quando assistiu pela televisão às cenas diárias dos blumenauenses socorrendo-se mutuamente, dia e noite. Algo que os brasileiros jamais tinham presenciado. Quando as águas baixaram, em poucas semanas a cidade estava inteiramente limpa, apesar dos escombros que remanesceram das enxurradas.
Foi em meio a esse esforço coletivo para se debelar o caos que os jornalistas destacados para cobertura “in loco” surpreenderam-se ao ver uma figura que lhes parecia familiar, silenciosamente postada na fila indiana que se formou no posto de distribuição de leite. Chegaram mais perto. Constataram que era ele mesmo. Ali estava Ingo Hering, presidente da Hering, à espera da cota de leite que cabia a cada um.

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HARDWARE LANE, EM MELBOURNE, NA AUSTRÁLIA

O arquiteto dinamarquês Jan Gehl e sua equipe de cerca de 50 profissionais trabalharam em projetos de retirada de carros das ruas de várias cidades do mundo, abrindo espaço para os pedestres.
Entre os projetos, há os da revitalização de Nova York, no qual se incluiu a área de Times Square, e em Melbourne, na Austrália, onde criou ruas caminháveis, repletas de cafés, bares e restaurantes, como esta via (foto), a Hardware Lane.

Jan Gehl é autor do livro ‘Cidades para Pessoas’,o segundo ‘best-seller’ do urbanismo mundial (depois de 'Morte e Vida de Grandes Cidades', de Jane Jacobs).

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Anderson Muller Mudou sua imagem de perfil
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Para quem tem twitter. Thread (sequência de tweets) sobre as preferências de cada um no bufê a quilo.


"Você não sabia, mas sempre teve estes pensamentos sobre restaurantes por quilo" https://twitter.com/i/events/1235520470776074240